“Phoenix Rising”, terceiro álbum solo do vocalista Mario Pastore, vem obtendo grande aceitação no Brasil e no Japão

Mario Pastore | Foto: divulgação

O vocalista Mario Pastore, que já passou pelas bandas Sacred Sinner, Titânio, Acid Storm, Taillgunners, Delpht, Heaviest e Powerfull, além dos projetos Hamlet e Soulspell, completou 50 anos de idade no último dia 18 de janeiro. Porém, tem fôlego de um jovem de 20 e persegue o seu sonho de vingar no heavy metal com sua banda solo, Pastore, que atualmente promove o terceiro álbum, “Phoenix Rising”. Além de esmiuçar os detalhes de seu mais recente trabalho, ele falou ao ROCKARAMA sobre suas outras paixões: os games e as artes marciais.

Você reuniu uma bela escalação de músicos para trabalhar em “Phoenix Rising”. A escolha também foi baseada em amizade pessoal, além, é claro, da competência profissional de cada um deles?
Mario Pastore: Obrigado, realmente os caras mandaram muito. Eu reuni a segunda formação do Pastore em algumas faixas, como o baterista Marcelo de Paiva e o guitarrista Ricardo Baptista. Compusemos juntos algumas faixas, como “Symphony of Fear”, e eles me ajudaram e ajudam muito, além de serem ótimos músicos. Marcio Eidt produziu o CD, compôs boa parte comigo e é meu irmão e braço direito, além de ser um grande músico e produtor. Vito Montanaro e Renato Caetano foi uma forma de querer a galera da Heaviest, que era a banda que estava trabalhando, atuando como equipe até no meu CD solo. Já o Johnny Moraes, além de ser um dos melhores amigos que tenho, tocou comigo em bandas covers. Num show eu disse que o queria no CD e ele trouxe duas composições, e Rafael Dizye (bateria)  tocou nas músicas que Johnny trouxe. O Fabio Carito é meu amigo e um grande baixista e um dia me disse que queria participar em algumas faixas. Todos fizeram um trabalho fantástico!

Marcio e Ricardo vieram e me disseram ‘Pastore, temos que fazer um clipe’, e eu já estava com tudo na cabeça com essa música” – Mario Pastore

Seu estilo vocal passeia por Geoff Tate, Rob Halford, Bruce Dickinson e Michael Kiske, mas a faixa “Fire and Ice” se aproxima do estilo de Ronnie James Dio. Esta foi uma forma de homenageá-lo?
Pastore: Opa, são realmente minhas influências. E, sim, eu quis homenagear Dio em duas faixas, “Fire and Ice” e “No More Lies”. Inclusive nessa última, comecei cantar e Ricardo Baptista, que estava no estúdio, disse: “Cara, estou quase chorando… Parece o Dio” (risos).

O videoclipe “Symphony of Fear” apresenta algumas de suas grandes paixões: artes marciais e heavy metal. Como foi uni-las em um vídeo, que ainda tem uma temática de zumbis?
Pastore: Foi fantástico! Marcio e Ricardo vieram e me disseram “Pastore, temos que fazer um clipe”, e eu já estava com tudo na cabeça com essa música. Consegui a locação com um grande amigo dono da academia de Crossfit Barbaros em São Caetano, minha cidade, fiz os storyboards, mostrei ao produtor e ele disse que poderíamos fazer. Me reuni com meu Sensei em Aikido, Vagner Tome, no Shobu Dojo, e também com nossos graduados e com o Tao Su Evandro Crestani, do Quan Ki Do. Estamos todos juntos no mesmo dojo, e aí mandamos ver num domingo de novembro. Ajudei a dirigir as cenas de ação e ainda lutei (risos). Para mim, e para todos os envolvidos, o resultado ficou sensacional! Sobre o tema, acho que hoje estamos vendo o nascimento de muitos zumbis condicionados a governos ditatoriais e assassinos sem controle, e saiu como eu esperava.

Além do clipe de “Symphony of Fear”, a faixa “Get Outta My Way” saiu em lyric video. Qual a importância de investir em vídeos hoje em dia?
Pastore: A internet é dona de áudio e vídeo hoje em dia, então vídeos sempre chamam a atenção. Tem que fazer e, se possível, vários.

Pastore - "Phoenix Rising"

A Phoenix representa para mim apenas a metáfora de renascer das chamas e associei com o segundo CD, que teve o fatídico título na época, ‘The End Of Our Flames'” – Mario Pastore

Como foi a escolha do cover de “Lightning Strikes Again”, do Dokken, para como bônus para o mercado japonês? É verdade que tentaram a participação do próprio George Lynch, que acabou não rolando, e depois contaram com Edu Ardanuy (ex-Dr. Sin e A Chave)?
Mario Pastore: O guitarrista Johnny Moraes sugeriu essa faixa e na hora não sabia como ficaria, porque gosto de Dokken, mas canto bem diferente de Don Dokken. Johnny foi aluno do Ardanuy, Lynch não respondeu e então o Edu destruiu junto com o Johnny. Ficou muito bom!

Por que a arte de capa de “Phoenix Rising” traz uma simbologia que mistura cultura oriental e mitologia grega? O desenho apresenta a fênix segurando uma “estrela ninja”, além de uma pequena figura do carro Mach 5 do desenho Speed Racer, de Tatsuo Yoshida, conhecido como um dos pioneiros dos animes japoneses.
Pastore: A Phoenix representa para mim apenas a metáfora de renascer das chamas e associei com o segundo CD, que teve o fatídico título na época, “The End Of Our Flames”. Então, foi uma forma de dizer, apesar de toda merda que quase me fez desistir, voltei renovado com novos e ótimos músicos e músicas. A Shuriken é meu símbolo desde o primeiro single e isso foi ideia do Marcelo de Paiva, que é nosso batera e faz as capas dos CDs, para representar meu caminho nas artes marciais. Sobre o Mach 5 foi uma homenagem os desenhos japoneses que eu e o Marcelo gostamos, como Speed Racer, e uma homenagem ao Derek Riggs, que fez isso em capas do Iron Maiden.

Quando a banda começará a promover “Phoenix Rising” nos palcos? Os músicos de apoio já foram definidos?
Pastore: Talvez façamos o primeiro show em abril. Estamos vendo isso e aguardando propostas, já que o álbum está vendendo muito bem. E já tenho o time que irá trabalhar, mas direi na hora que formos começar.

Mario Pastore | Foto: divulgação

Eu não sei se vou parar depois disso, já que tenho outros discos para gravar. Minha história tem mudado, tenho muitos fãs no Brasil e no mundo” – Mario Pastore

Por que você considera que a estrada do rock/metal é a estrada mais ingrata que pode existir? “Phoenix Rising” seria a sua última tentativa na carreira neste estilo?
Pastore: É muito difícil fazer metal num país onde o povão consome muita música ruim hoje em dia, e tem muita dificuldade em termos de produção. O público precisa apoiar mais. Eu não sei se vou parar depois disso, já que tenho outros discos para gravar. Minha história tem mudado, tenho muitos fãs no Brasil e no mundo, mas vamos deixar o futuro para o dia que ele se fizer presente, aí saberei (risos).

Afora o trabalho com a banda, você dá aulas, canta em casamentos e faz outros eventos. Como é ter esta atividade paralela, dá o mesmo prazer de quando está cantando metal?
Pastore: Sim, eu canto em diversos eventos como casamentos, festas e muitas vezes gosto, já que canto bons temas de pop, ópera, soul… Sobre ensinar, faço isso há 20 anos e gosto de ensinar minha arte e ver meus alunos evoluindo. Tenho alguns que estão bem famosos hoje em dia, como Marina Latorraca, que cantou em shows do Avantasia e hoje canta no Exit Eden com a Amanda Somerville.

O ROCKARAMA também aborda o mundo geek e você também é fã de videogames. O que está jogando atualmente? Quais são os seus games preferidos?
Pastore: Adoro muito games! Atualmente estou jogando os Uncharted do PS4 e o The Order 1886.

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