Assistidos e Reassistidos: Octagon: Escola de Assassinos

Alexandre Callari, cinéfilo compulsivo, assiste praticamente a um filme por dia e, de vez em quando, resolve compartilhar a experiência na seção Assistidos e Reassistidos.

Decidi rever esta pérola que assisti pela primeira vez aos 14 ou 15 anos. O filme brinca todo o tempo com a mítica do ninja – como seria se eles ainda existissem e estivessem atuantes. Assim, há um centro de treinamento para eles, que funciona como uma escola terrorista, localizado em algum ponto da América Central.

Por motivos diversos, Chuck Norris se envolve na história, num roteiro que faz bem pouco sentido e em que muitas coisas não se amarram. Isso é desculpável se a proposta for ser um filme de ação desenfreado, mas não é o caso aqui.

Na verdade, em vários momentos, “Octagon” se arrasta para o melodrama. Tudo fica meio jogado, há um viés político não aprofundado e, no fundo, você não consegue entender as motivações de nenhum personagem – nem heróis, nem vilões. Há lutas boas e bem coreografadas, e há outras fracas.

Recomendo aos fãs do Chuck Norris, afinal, ele está enfrentando ninjas – e isso é o que importa, né? Em tempo, durante todo o longa, escutamos os pensamentos dele, numa narração ridícula, que só perde para os seus flertes com absolutamente todas as mulheres do filme. As cantadas são impagáveis, assim como a pose dele de “fodão mor”, do tipo, chuto a bunda de qualquer um e conquisto qualquer uma. Dá para entender como o cara conquistou sua reputação (hehehe).