Alexandre Callari, cinéfilo compulsivo, assiste praticamente a um filme por dia e, de vez em quando, resolve compartilhar a experiência na seção Assistidos e Reassistidos.

Mulher-Maravilha (2017) | Rockarama

Mulher-Maravilha
Wonder Woman
Ano: 2017
Diretor: Patty Jenkins
Com: Gal Gadot, Chris Pine

Classificação:

Bem… não é o desastre que foram “Esquadrão Suicida” e “Batman vs. Superman”, mas se alguém estava esperando algo que faça justiça aos melhores momentos da DC no cinema, sinto muito, mas não é esse filme. É uma diversão bacaninha, com alguns bons momentos, o que garante uma nota mediana.

Gal Gadot provou o que eu já sabia, ela é linda de morrer, tem enorme carisma, mas é uma atriz limitadíssima. Dito isso, ela convence no papel – inclusive nas cenas de luta. Digo, as cenas de luta são, na maioria, ruins – mas a culpa não é dela, e sim da estética Zack Snyder que contaminou todos os filmes da DC.

A história segue de perto a origem da heroína (a primeirona, lá dos anos 1940), apenas trocando a Segunda Guerra pela Primeira. Vários elementos reconhecíveis estão presentes e há um esforço mínimo de fazer uma ponte com o universo cinemático da DC, o que acaba sendo bom para o filme.

Então quais são os problemas? Para começar, o uso de Ares é péssimo – literalmente queimaram o maior inimigo da heroína, em especial na batalha final. Há incoerências demais em todos os sentidos; numa hora Diana está erguendo um tanque (UM TANQUE, MEU DEUS DO CÉU) e pondo construções inteiras no chão com o próprio corpo, mas, no instante seguinte, sai no tapa na boa com soldados (e parece até estar se esforçando). Sabe o que aconteceria com qualquer um de nós, reles mortais, se tomássemos um tapa de uma pessoa capaz de derrubar uma igreja com uma trombada ou de erguer um tanque com as mãos? Pois é, você entendeu. A constância desse tipo de coisa dificulta a estabelecer o tom do filme.

Fora isso, o roteiro começa a traçar uma série de armadilhas e cair ele próprio em todas; não quero dar spoilers, mas estou me referindo a clichês péssimos, frases de efeito, situações descabidas, discursinhos bobos de moral, ética e amor, personagens de apoio sem o menor cabimento, desvios na trama que não agregam em nada… Santo Deus, no meio da história aparece até um índio na equipe de Trevor (um índio, em plena 1ª Guerra, na Europa!!!). E, embora essa pudesse ser uma história interessantíssima de ser contada, garanto que não é. O raio do índio serve só para fazer SINAIS DE FUMAÇA no meio da guerra e indicar a localização do inimigo para Trevor, após uma cena longa e totalmente desnecessária. Sim, você leu certo, sinais de fumaça. Me deu um pouco de vergonha, mas não tanto quanto Diana tentando se compadecer ante as “vítimas” da guerra, que mais pareciam estar saindo de uma briga de torcida, em vez das trincheiras.

Enfim, por essas e outras, a experiência fica comprometida, caso você tenha olhar mais crítico. Se só quiser curtir a Pipoca e a diversão, vai adorar – afinal, as amazonas são fodonas (principalmente Antíope, que está ótima), Etta Candy dá um show de humor e simpatia nas poucas cenas em que aparece, e a primeira batalha é bem bonita, enquanto a segunda chega a eletrizar.

É uma evolução em relação aos anteriores do novo universo da DC, mas está longe de ser memorável.

The Secret Society 300

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