Noite com desfile de hits do punk mais pop do trio tem fãs no palco, covers e largos sorrisos

Green Day | Foto: Luciana Pires
Green Day | Foto: Luciana Pires

Por Paulo Mauricio | Fotos: Luciana Pires

O Green Day tem, como se sabe, um repertório de canções punk-pop feitas à perfeição para grandes arenas e estádios. E foi com seu arsenal de hits – e apenas cinco músicas de “Revolution Radio” (2016) – que Billie Joe Armstrong (vocal e guitarra), Mike Dirnt (baixo) e Tré Cool (bateria) subiram ao palco da Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca (RJ), no dia 1º de novembro, para apresentar o show da turnê que também passou por São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

Em sua terceira vez no Brasil, o grupo americano – com três músicos de apoio: o tecladista/saxofonista de Jason Freese e os guitarristas Jason White e Jeff Matika – deu ao público o que este esperava: um espetáculo de ritmo alucinante, com segundos ou nenhum intervalo entre as 26 canções, prejudicado apenas pelos excessos de Armstrong, que abusou dos gritos de “êêê ôôô” e de pedidos de bracinhos levantados sobre as cabeças de uma plateia entregue aos seus mandamentos desde o início.

Billie Joe Armstrong | Foto: Luciana Pires
Billie Joe Armstrong | Foto: Luciana Pires

Na abertura, “Know Your Enemy”, de “21st Century Breakdown” (2009), já deu o tom da noite, com um fã que subiu ao palco, cantou um pouco e depois se jogou de volta da plateia (o mesmo aconteceria seis canções depois, em “Longview”). E o hit acelerado foi seguido por duas canções do último trabalho, “Bang Bang” e “Revolution Radio”. Não demorou para que “Boulevard of Broken Dreams” – de “American Idiot” (2004), vencedor do Grammy – levasse os fãs a cantar toda a letra junto com Armstrong, que, bem a seu estilo, regia o coro correndo de um lado a outro do palco.

A plateia não tinha tempo de respirar. Uma sequência com “Welcome to Paradise” e “Minority” manteve elevados os níveis de energia. Em “Knowledge”, cover do Operation Ivy, uma fã não apenas cantou com Armstrong como tocou guitarra e levou o instrumento para casa como presente. Uma festa, e a banda californiana não esqueceu os hits de “Dookie”, álbum de 1994 que a alçou ao estrelado mundial: “Longview”, “When I Come Around”, “Basket Case” e “She” foram especialmente celebradas pela faixa de público com mais de 30 anos, muito presente à arena.

Armstrong e o fã sortudo | Foto: Luciana Pires
Armstrong e o fã sortudo | Foto: Luciana Pires

Pena que, no terço final, alguns tropeços tenham esfriado a alta temperatura na casa da Barra: durante a execução de “King for a Day”, Freese tocou no sax os primeiros acordes de “Garota de Ipanema”. A essa altura, Cool já havia interrompido o show para vestir uma fantasia carnavalesca. Em um medley, Armstrong arriscou um pouco de “Shout”, dos Isley Brothers, e “Always Look on the Bright Side of Life”, o clássico do famoso grupo inglês de humor Monty Python, antes de cantar os primeiros versos de “Satisfaction”, dos Rolling Stones, e “Hey Jude”, dos Beatles. Mas não contou com grande entusiasmo de seus seguidores.

No bis, tudo voltou aos conformes, com a raiva de “American Idiot” e “Jesus of Suburbia”. Para fechar a noite, Armstrong, sozinho no palco, cantou ao violão “21 Guns” e “Good Riddance (Time of Your Life)”, ganhando em seguida a companhia de Dirnt e Cool para se despedir sob as palmas dos fãs saíram extasiados depois de duas e horas meia de show.

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