Mercado de tablets fecha o ano de 2017 com queda de 4,8% e dá sinais de estabilização

Vendas de tablets no ano passado somaram 3,79 milhões de unidades, contra 3,98 milhões em 2016; apesar de negativos, os resultados indicam uma recuperação se comparados aos últimos dois anos, que registraram quedas de 39% e 32%

4º trimestre foi o período com melhor desempenho de 2017, com 1,2 milhão de tablets vendidos e melhor ticket médio | Foto: reprodução
4º trimestre foi o período com melhor desempenho de 2017, com 1,2 milhão de tablets vendidos e melhor ticket médio | Foto: reprodução

A IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e de conferências para indústrias de Tecnologia de Informação e Comunicações, divulga os resultados do estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q4/2017.

Entre outubro e dezembro de 2017, foram vendidos no Brasil 1,2 milhão de tablets no país, 2% a menos do que no mesmo período de 2016. Com esses números, o mercado brasileiro de tablets fechou o ano com uma queda de 4,8% e um total de 3,79 milhões de unidades vendidas – um desempenho que indica uma recuperação significativa em comparação aos anos anteriores – em 2015, as vendas registraram uma queda de 39%, e em 2016, de 32%.

“Depois do boom de vendas entre 2012 e 2014, vários fatores impactaram o mercado, como a ascensão dos smartphones, que se tornaram mais acessíveis, ganharam telas maiores e tomaram o lugar do tablet como dispositivo móvel preferido para acesso à Internet, e o início da crise econômica em 2015, que fez o dólar disparar, aumentando os preços dos produtos importados que chegavam ao mercado com custo muito baixo”, comenta Wellington La Falce, analista de pesquisa da IDC Brasil. A experiência ruim com equipamentos importados econômicos, mas de baixa qualidade e garantia também contribuiu para minar a imagem dos tablets.

Segundo ele, depois de dois anos de queda acentuada nas vendas, muitas marcas saíram de cena, houve uma consolidação do mercado e quem ficou está mais focado e com estratégias bem agressivas. Com isso, em 2017 as vendas tiveram uma queda pequena e o segmento chegou a um ponto de maturidade.

“Hoje vemos poucas marcas atuando em nichos bem definidos, com equipes dedicadas e foco em qualidade e preços mais atraentes. O consumidor não deixou o tablet de lado, e mesmo que os dispositivos de entrada, com preço inferior a R$500, ainda dominem o setor, com 72% de fatia de mercado em 2017, houve um crescimento na faixa média, de equipamentos entre R$500 e R$1000, com 20% das unidades vendidas no ano passado”, diz o analista da IDC.

Em termos de receita, registrou-se uma queda de 9%, com R$1,88 bilhão em vendas durante o ano de 2017, contra R$2,08 bilhões em 2016. O valor do ticket médio caiu de R$513 em 2016 para R$ 497 em 2017. No quarto trimestre, no entanto, registrou-se a melhor receita do ano, com demanda mais alta por produtos melhores. Neste período, foram vendidos 1,209 milhão de tablets – uma retração de apenas 2% em comparação com os últimos três meses de 2016, mas o ticket médio do período foi de R$524,00 – 7% acima do mesmo período de 2016, o que impulsionou um crescimento em receita de 4,7%.

Para 2018, a IDC Brasil ainda prevê uma queda no mercado de tablets, mas com um mix de produtos melhor e uma tendência à estabilização e ao equilíbrio de oferta e demanda. “A previsão para este ano é que as vendas cheguem a 3,58 milhões de equipamentos, com uma retração de 5,6% em relação ao ano de 2017. O mercado continuará focado em produtos para crianças, mas o público mais maduro também estará olhando para essa categoria e procurando equipamentos com especificações melhores”, acredita La Falce.

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