Amazonas 1, primeiro satélite na órbita brasileira, é desligado com o fim da sua vida útil

Processo de deorbitação do satélite Amazonas 1 foi realizado pelo Grupo HISPASAT e finalizado na semana passada

Amazonas 1 atingiu a "órbita cemitério", onde ficou definitivamente localizado | Foto: divulgação
Amazonas 1 atingiu a "órbita cemitério", onde ficou definitivamente localizado | Foto: divulgação

O Grupo HISPASAT, operador espanhol de comunicação via satélite, finalizou hoje o processo de deorbitação do satélite Amazonas 1. Este processo, que começou no último dia 19, terminou na semana passada após a transmissão do último comando dado a partir de um dos Centros de Controle de Satélites do Grupo em Arganda del Rey. Com isso foi completado o procedimento de desligamento do satélite após ter prestado serviços de comunicação ao longo de toda a sua vida útil, mesmo após sofrer um vazamento de combustível pouco depois do seu lançamento.

O satélite Amazonas 1 foi lançado no dia 5 de agosto de 2004 de Baikonur, a bordo do foguete Proton M Breeze M, da empresa ILS. Construído pela empresa EADS Astrium, atualmente Airbus, foi o primeiro satélite localizado na posição orbital brasileira de 61º Oeste. Ao longo da sua vida útil, o Amazonas 1 realizou mais de 25.000 transmissões em 19 países diferentes, 613 manobras em órbita, além de testemunhar 1.170 eclipses da Terra e 29 da Lua.

O Amazonas 1 foi a pedra fundamental da expansão geográfica do Grupo para os mercados da América Latina. O satélite, com capacidade transatlântica e pan-americana, deu cobertura a todo o continente americano, Europa e norte da África. Baseado na plataforma Eurostar 3000, seus principais serviços foram a distribuição de canais de televisão, tanto na Europa como no continente americano, e outras soluções de telecomunicações, como redes corporativas e aplicações em banda larga, entre outros.

“O satélite Amazonas 1 foi muito especial para porque foi o primeiro passo rumo à internacionalização do Grupo. Inicialmente, o satélite sofreu um vazamento de combustível que pôs em dúvida o seu funcionamento. Apesar disto, o Amazonas 1 cumpriu a maior parte da sua vida útil, o que era impensável após aquela falha. Isso demonstra que era um satélite robusto e confiável, dentro da linha de qualidade da Airbus, com a qual estamos acostumados, e com a colaboração da indústria espanhola, que também participou de seu desenvolvimento”, afirmou Antonio Abad, CTO do Grupo HISPASAT.

Hoje o Amazonas 1 terminou de percorrer os 300 km que distam de sua posição a 36.000 km de distância da Terra até a “órbita cemitério”, onde ficou definitivamente localizado, como estabelecem as recomendações da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e do Comitê de Coordenação Inter-Agências de Resíduo Espacial (Inter-Agency Space Debris Coordination Committee).

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