Blackie Lawless revisita álbum em que alerta para os perigos da fama repentina

Blackie Lawless, o autor da obra | Foto: divulgação

O W.A.S.P. chegou a ser considerado uma das maiores “ameaças” aos conservadores da sociedade americana no meio dos anos 1980. Também, pudera, com uma música de trabalho com o título de “Animal (Fuck Like a Beast)”, nada mais natural. O tempo passou, a banda continuou, e seu líder, Blackie Lawless, inclusive tornou-se um católico convertido. Mas, mesmo antes disso, Lawless havia lançado uma obra sobre os perigos da fama, “The Crimson Idol” (1993). Na verdade, a intenção original era que fosse como uma trilha sonora para um filme, o que não aconteceu. Porém, como fala na entrevista a seguir, agora ele atingiu esse objetivo com a regravação no relançamento da obra, intitulada “Reidolized: The Soundtrack to the Crimson Idol”.

Fale sobre “Reidolized: The Soundtrack to the Crimson Idol” e o motivo de revisitá-lo em seu 25º aniversário. No “The Crimson Idol” original, você tinha ótimos músicos, como Bob Kulick na guitarra e tanto Stet Howland como Frank Banali na bateria. Dessa vez, regravou com sua banda nova. Como foi isso e o que mudou na sonoridade do álbum?
Blackie Lawless: Eu diria que a sonoridade mudou mais do que qualquer coisa. O estúdio que usamos para gravar o álbum original não existe mais. Era um lugar em Hollywood que eu comprei e foi destruído no terremoto de 94. Muita gente vai dizer que isso não pode ser grande coisa, mas é. Há uma combinação de coisas: o local, os músicos, todos os equipamentos usados. Então, quando fomos fazer a nova versão, nossa missão era fazer uma cópia mais idêntica possível. Mas descobri quando fui ouvir a bateria, comparada com a versão antiga, que agora o som estava melhor. Daí, resolvemos suavizá-la para tentar deixar como a original. Porém, o lance é que quando fomos fazer a mixagem, apesar de termos chegado muito perto da sonoridade em todos nos instrumentos, é que dá para chegar 95% perto em cada um separadamente. Mas esses 95% somados, não funcionaram para chegar aonde queríamos. Portanto, inevitavelmente seria diferente. Em resumo, Logan Mader, que mixou nossos últimos álbuns, nos mostrou as três primeiras mixagens e ainda não estava certo. Na quarta, ele pegou a orquestra da faixa-título, tirou do fundo e colocou na frente e era isso que eu queria. Ficou soando como uma trilha de filme. É diferente do original. Fui até Las Vegas para mixar com ele e quando terminamos, peguei uma cópia e dirigi pela cidade por algumas horas. Ali, percebi que a mixagem original tinha passado de 2D para 3D. É diferente nesse nível. O clima geral do álbum é o mesmo, mas a sonoridade é diferente.

Blackie Lawless | Foto: Ross Halfin - Intervision

Quando finalizamos ‘Headless’, eu peguei o CD na mão e pensei: ‘É isso que eu ganho por 600 mil dólares? Tem alguma coisa errada aqui'” – Blackie Lawless

Depois de “Headless Children” (1989), o W.A.S.P. passou por mudanças na formação e você decidiu fazer um álbum conceitual. Houve algum receio por parte da gravadora, e de você mesmo, já que estaria assumindo isso quase como um projeto solo? Ou foi visto como uma evolução natural da banda?
Lawless: Sim (risos). Foi tudo isso, porque quando terminamos a turnê do “Headless”, tínhamos uma situação em que quatro músicos se locomoviam de quatro maneiras diferentes, usavam quatro camarins diferentes e quatro entradas e saídas diferentes do palco. Logo, eram quatro pessoas que jamais se viam, até que o show começasse. Acabava e não se viam até o próximo. Tornou-se uma existência bem solitária. Percebi que a banda estava desintegrando. Assim, quando chegou a hora de fazer o “Crimson Idol”, me vi em uma situação em que não me via desde que tinha 15 anos: desde essa época, nunca estive sem banda. Agora, na prática, não tinha uma. E se isso não fosse o bastante, agora eu teria meu próprio estúdio. Porque, quando finalizamos “Headless”, eu peguei o CD na mão e pensei: “É isso que eu ganho por 600 mil dólares? Tem alguma coisa errada aqui, deve haver uma maneira melhor de fazer isso.” (risos) Aí, peguei uma grana e construí o que viria a ser Fort Apache, o meu estúdio. Estava fazendo tudo isso e entrementes, eu não tinha uma banda, o que era muito estranho. Some-se a isso, uma gravadora me pressionando e dizendo que esse não era o álbum que deveria estar fazendo, o que, ironicamente, era a mesma coisa que diziam do álbum antes desse. Só que quando aquele saiu e estourou na primeira semana, eles rapidamente reviram seus conceitos. Então, queriam que eu fizesse “Headless Children” parte dois. Tudo isso circulava meu dia-a-dia. É difícil se proteger dessas coisas sozinho. Em resumo, era isso que estava acontecendo.

Você declarou que “Crimson Idol” era sobre um garoto que era músico, ficava famoso e descobria que a fama não era exatamente o que procurava. Isso é mais ou menos como você vê sua carreira? O álbum reflete a sua visão da fama e gravadoras? Como se vê com relação à fama, aconteceu da forma que esperava?
Lawless: Não. Mas lhe digo uma coisa: com relação ao personagem Jonathan Steel na história, ela é baseada em várias pessoas do meio que eu conheço. Talvez tenha 10% de mim mesmo. Juntei todos esses para criar esse cara que viveu e morreu muito antes de nós e continuará a viver e morrer muito depois. É uma velha história de Hollywood, de show business. Infelizmente já aconteceu antes e continuará a acontecer. Vou lhe dizer algo que talvez seja difícil de acreditar: eu era muito ingênuo com relação à ideia de fama, notoriedade ou reconhecimento, o nome que quiser dar. Abordei isso como se tivesse várias opções e pudesse escolher o que eu queria ou não. E, rapidamente, descobri que não era eu quem fazia as escolhas. Elas já existiam antes e você tem que aceitar tudo ou não tem nada. Não demorei a perceber que era o tipo de pessoa que não queria tudo que estava à disposição. Quando tinha dois anos de idade minha primeira memória de qualquer coisa é de ouvir “Sweet Little Sixteen”, de Chuck Berry. Lembro de onde estava e o que acontecia ao meu redor. Era como se eu soubesse o que era aquilo. É claro que não sabia, mas sentia que sabia na época. Essa é a minha memória mais antiga de qualquer coisa na vida. Digo isso para deixar claro que música foi uma coisa que entrou em mim quando era muito novo. E como a maioria das pessoas, quando adolescente, achava que queria ser famoso e gostaria de dar ênfase à palavra “achava”, porque o que você achava que queria e o que acaba acontecendo de verdade, muitas vezes são duas coisas completamente diferentes. Para mim, essas coisas eram uma distração do que eu realmente queria fazer, que era música. São tantas distrações periféricas que podem entrar na sua vida, especialmente se tiver sucesso. Há uma frase que uso nesse álbum, que não usei no primeiro, e vem logo após da faixa-título: “Finalmente cheguei ao topo de montanha, e quando olhei ao meu redor, percebi que não havia nada lá.” E isso, para mim, resume o que era aquela fachada artificial da fama. Você vive sua vida para isso, está indo em direção ao desastre porque vê o que acontece com as pessoas a todo momento. Como eu disse, não é uma história nova. O que acontece com muita gente é que pensam que fama e fortuna serão o objetivo conquistado para eles e isso os trará felicidade. Mas quando alcança, percebe que é ainda pior, porque achou que ia conseguir algo que quando viu, não existia. Estava correndo atrás de uma ilusão sua vida inteira. E porque obteve sucesso, percebe que não há mais nada, mais nenhum lugar para ir e por isso vê pessoas cometendo suicídio rapidamente ou, como a maioria, se matando aos poucos. É por causa dessa sensação de vazio que acontece pela ilusão do que é a fama. Na verdade, escrevi o álbum ao redor da premissa simples de um garoto procurando por amor. E, honestamente, adoraria dizer-lhe que sabia que essa parte era mais importante que a outra, mas sua simplicidade atraiu mais as pessoas e não a complexidade de eu descrevendo a desilusão das pessoas com a fama. Sabia que isso [a parte do garoto procurando amor] estava ali, mas não sabia que seria o principal no final das contas.

Blackie Lawless, vocalista e líder do W.A.S.P. | Foto: divulgação

O meu caso foi parecido com aquela cena de ‘Forrest Gump’ em que o Tenente Dan está no topo do barco e diz: ‘Somos só eu e você, Deus, vamos lá!’. Foi assim” – Blackie Lawless

Você mencionou “Sweet Little Sixteen” de Chuck Berry, então eu gostaria de voltar no tempo, para 1975 mais especificamente, quando você ainda era Blackie Gooseman e tocou com o New York Dolls por cerca de 15 dias. Como foi essa experiência?
Lawless: Foi como assistir cinco caras tentando ser Jim Morrison (vocalista do The Doors) e conseguindo. Olha, um dos meus melhores amigos é Ace Frehley (ex-guitarrista do Kiss) e por causa disso, pude ver dois extremos opostos de como se fazer as coisas nesse ramo. Não tem como ser mais diferentes. Minha inclinação era ir mais para o lado de como Gene (Simmons) e Paul (Stanley) faziam as coisas. E, de repente, me vejo nessa situação que não podia estar mais longe de como eu gostaria de encarar. Mas sempre digo que foi por causa disso que me mudei da costa leste para a costa oeste, e por isso, sou grato. Uma boa experiência, mas não quero isso para mim.

O álbum “Golgotha” saiu em 2015 e o título é o local da crucificação de Jesus. Fale sobre a iconografia religiosa nas imagens que você projeta na capa de “Crimson Idol” e nesse título de 2015. Qual é a importância da religião na sua vida?
Lawless: Meu tio era pastor, meu pai era superintendente da escola de catecismo e meu avô era diácono. Logo, estava na igreja toda hora. Fui durante toda minha adolescência e ninguém me obrigou, ia porque queria. Mas estava lutando uma guerra em duas frentes diferentes quando cheguei ao fim da minha adolescência. Serei honesto: era egoísta. Só queria fazer o que eu queria. Tinha esse traço rebelde de querer viver por mim mesmo. Por outro lado, havia toda essa doutrinação que estava acontecendo na igreja que eu não gostava. Então, deixei a igreja, me mudei para Califórnia e resolvi estudar ocultismo por três anos. Aí percebi que só estava trocando uma forma de religião dogmática por outra. Passei 20 anos em uma busca. Procurando o que era certo para mim. Não estava buscando “a verdade”. E, para ser honesto, fiz o máximo possível. Procurei em várias coisas, mas durante o processo, uma das coisas que tentava era provar que a bíblia estava errada. Era um opositor ferrenho dela. Porém, ao mesmo tempo, se você quer ser honesto sobre alguma coisa, precisa pesquisar. E um dia, estava lendo [a bíblia] e me dei conta que lia sobre um mundo real de um Deus real, porque nenhum dos meus argumentos podia mais refutar o que eu lia. Foi assim que voltei a minha fé. Sobre as imagens de “Golgotha”, olha o subgênero de música no qual nos encontramos: rock’n’roll, heavy rock, heavy metal, o que seja, é interessante porque provavelmente na história da música, pelo menos que eu conheça, jamais tenha existido um gênero, subgênero ou subcultura tão dominado por imagens religiosas como esse. Alguém pode dizer que depende do subgênero. Eu entendo, mas, mesmo assim, há uma obsessão com imagens católicas. Então, pensei que se vamos usar isso, que seja da forma real. “Golgotha”, em hebreu, significa “o lugar da caveira”. Se você olhar o monte em que Jesus foi crucificado, até hoje, realmente parece uma caveira. Achei que essa era uma história pedindo para ser contada. E foi uma oportunidade para mim de abordar essa coisa que já está tão entranhada nessa subcultura que não consegue, e nem quer, escapar de jeito nenhum disso porque adora essa ideia das imagens. Achei que era perfeito.

Sua história de se tornar um católico reconvertido é pública. Houve um momento em que teve alguma epifania, algum evento que levou a isso ou foi apenas por amealhar conhecimento com a idade? Houve algum momento em que a vida não ia bem? Em qual momento percebeu que precisava encontrar sua religião de novo?
Lawless: Não foi nenhuma dessas coisas, porque não senti que precisava de alguma coisa, ou que havia algo faltando na minha vida. Não aconteceu nada trágico, não fiquei doente. Não tive nenhum desses momentos de voltar para Jesus, dos quais as pessoas falam. Nada disso. O meu caso foi parecido com aquela cena de “Forrest Gump” em que o Tenente Dan está no topo do barco e diz: “Somos só eu e você, Deus, vamos lá!”. Foi assim. Decidi que ia resolver isso, só eu e Deus, e ver quem ia sobrar em pé. Foi só isso. E comecei a ler. E quanto mais eu tentava provar que era falso, mais isso me deixava sem argumentos, até o ponto em que eles acabaram e não consegui mais escapar.

Sente alguma necessidade de reconciliar sua fé atual com algo de seu material mais antigo? Teve “problemas” com a PMRC (N.T.: a PMRC foi um comitê fundado por esposas de senadores americanos em 1985 para controlar o conteúdo das letras as quais a juventude americana estava exposta. O W.A.S.P. entrou na lista das “15 imundas” por causa de “Animal (Fuck Like a Beast). Hoje, você olha para isso com vergonha, arrependimento ou é o que é e o levou a esse caminho?
Lawless: Sim, todas as estradas levam para onde está agora. Não dá para voltar e desfazer, mesmo que queira. Sempre achei que minha vida estava sendo levada para que eu chegasse ao ponto em que estou agora. Para fazer o que faço no momento. Nesse sentido, é mais ou menos como a música “My Way”: “Regrets I have a few / But then again too few to mention” (N.T.: “Arrependimentos, tenho alguns / Mas, pensando bem, poucos demais para mencionar”). Eu encaro isso como uma verdade, porque, como disse, é a soma de tudo que o leva para onde está no momento.

W.A.S.P.: "Reidolized (The Soundtrack to the Crimson Idol)"

Se você quer ter uma carreira de verdade e não fazer só dois ou três discos e tocar por 15, 20, 30 anos, precisa agarrar seu público e levar numa jornada de uma vida inteira” – Blackie Lawless

Isso mudou a forma como compõe? Aborda a música e o modo de escrever as letras de forma diferente, ou faz do seu jeito e o resto é tudo parte do passado?
Lawless: Acho que isso [uma consciência católica] jamais deixou de estar ali. Conversei com Alice Cooper sobre isso há alguns anos e se você olhar para nossas músicas mais antigas, estava lotado disso. Só que lotado de tentativas de tentar negar. Mas sempre esteve presente. Sou mais consciente sobre isso agora? Com certeza! Mas acho que, como compositor, o que tento é apenas tentar fazer as pessoas pensarem, porque acho que é supostamente isso que toda arte deveria fazer, seja pintura, escultura, cinema, ou qualquer outra. Se não te faz pensar, é fast-food para os olhos ou ouvidos. E há mercado para isso, não estou dizendo que haja alguma coisa errada com esse tipo de coisa, mas não é o que tento fazer. Quero que ouça algo que fizemos e tenha a mesma reação que teve quando viu “Tubarão” ou “Apocalypse Now” pela primeira vez. Aquela sensação de perturbação com o que acabou de ver. Volta a fita na sua cabeça e analisa. E quando escrevo letras, a expressão que uso é tentar escrever de forma multidimensional. O quero dizer é que uso palavras que podem ter duplo sentido. O que você lê hoje, daqui a cinco anos, quando for uma pessoa diferente, você lerá e terá outro sentido, completamente diferente. É isso que tento fazer. Escrever em níveis múltiplos. E também, é legal deixar alguns vãos em algumas letras, para as pessoas completarem os espaços por si mesmas, de como aquilo se aplica à vida delas naquele momento. Esse é o segredo para conseguir escrever o que me refiro como conversacional.

E isso é que é ótimo sobre música. Você disse que deixa lacunas para as pessoas completarem, mas durante uma época, os clipes preencheram isso. Agora que não há mais MTV, podemos voltar a usar nossa imaginação.
Lawless: Não é ótimo?

É fantástico. Falando sobre a discografia, você nunca parou de lançar novos álbuns do W.A.S.P.. O intervalo maior foi entre “Babylon” (2009) e “Golgotha” (2015). Qual a importância de continuar fazendo novas músicas?
Lawless: Acho que isso se relaciona com o que disse antes. Se você quer ter uma carreira de verdade e não fazer só dois ou três discos e tocar por 15, 20, 30 anos, precisa agarrar seu público e levar numa jornada de uma vida inteira. E a única forma de fazer isso é permitir que entrem na sua cabeça e explorem aquilo para ver o que há ali. E muitos artistas não querem fazer isso porque não têm vontade de dividir coisas pessoais com os outros. Muitas vezes não querem que vejam as vulnerabilidades deles. Mas acho que se não fizer, jamais poderá ser íntimo com seu público. E se não tem isso, não acho que possa levá-lo nessa jornada.

E a turnê de “Re-idolized”, que comemora os 25 anos de “The Crimson Idol”?
Lawless: Bem, nós encaramos isso da primeira vez em 1992, como se fosse um filme mudo. O que quero dizer é que, antigamente, antes do cinema falado, o filme passava sem som, mas, normalmente, havia um pianista ou até uma pequena orquestra que acompanhava a projeção. Foi desenhado para parecer um filme de arte, um velho filme mudo, obviamente, com alguns efeitos especiais para modernizar um pouco. Mas, quando você vir ao vivo, é uma banda ali, tocando a trilha-sonora para o filme que está passando atrás dela. Era exatamente assim que era para ser e é assim que é. É bem legal porque eu pus a narração no filme e funcionou perfeitamente. Mas quando chegou o momento de fazer isso ao vivo, fiquei com medo, porque não tinha certeza que isso ia funcionar. E quando se pensa em shows, o que você deve fazer é ir lá e acertar as pessoas com tudo que tem sem pausa para descanso. E uma vez que começa, não tem como parar. Não é o que estamos fazendo. Aqui, ele começa e para, começa e para. E acontece sincronizado com a narração entre as músicas. Chega uma hora em que ganha momentum, e está programado para fazer isso, mas era uma coisa inédita. Logo, antes de começarmos a turnê, fizemos duas versões do show. Uma com a narração e outra sem, porque, para ser honesto, eu não estava convencido de que ia funcionar. Esse lance de tocar e parar. Ter aquela sensação de estar nu na frente do público, enquanto há alguém falando. Estava totalmente desconfortável com a ideia. Sabia que funcionava para o filme, mas tentar fazer na frente dos outros… Fizemos uma tentativa no início da turnê na Escandinávia e já nas primeiras duas noites funcionou exatamente como queríamos. O público entendeu e eu dei um grande suspiro aliviado. Estava muito ansioso. Ou pior que isso, não achei que iria funcionar. E, para minha surpresa, funcionou tão bem quanto eu tinha esperança que funcionasse. Muitas vezes, você cria alguma coisa, fantasia sobre aquilo e em várias ocasiões acaba acontecendo de outra forma e não corresponde às expectativas. Mas aqui acertou na mosca. E é muito porque o público é inteligente o bastante para entender. E numa situação de multidão, como é uma apresentação ao vivo, muitas vezes não há a capacidade de se pensar nesse nível. Porém, o que vi noite após noite, foi que as pessoas vieram ao show com uma cabeça diferente do que iriam para um show normal. Só em alguns shows que fizemos achei que as pessoas não entenderam. Até mesmo em países que não falam inglês – o que era uma grande preocupação minha, que talvez não conseguissem acompanhar – eles entenderam. E tiro meu chapéu para eles por isso.

Transcrito e traduzido por Carlo Antico.

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