Assistidos e Reassistidos: Rogue One

Alexandre Callari, cinéfilo compulsivo, assiste praticamente a um filme por dia e, de vez em quando, resolve compartilhar a experiência na seção Assistidos e Reassistidos.

Rogue One | Rockarama

Rogue One: Uma História de Star Wars
Rogue One: A Star Wars Story
Ano: 2016
Diretor: Gareth Edwards
Com: Felicity Jones, Diego Luna, Donnie Yen, Mads Mikkelsen

Classificação:

Finalmente um filme que faz jus à mitologia criada pela trilogia original de Star Wars. São tantos pontos positivos que é difícil até de listar.

O roteiro corrige um grande problema do primeiro “Star Wars”, de 1977, que é a forma como os rebeldes destroem com tanta facilidade a Estrela da Morte. A trama costura com eficiência tanto a construção da arma de destruição em massa do Império (que levou anos para ser feita), quanto a ação desesperada para roubar os seus planos – o que garantiria sua destruição.

Gareth Edwards se redimiu do pavoroso “Godzilla” e fez um trabalho de direção magnífico; a forma como apresenta os personagens, sem ser enfadonha para quem conhece a mitologia, mas cognocível o suficiente para todos os recém-chegados, é incrível. A primeira cena é poderosa, graças à presença de Mads Mikkelsen (qualquer filme com ele só tem a ganhar), mas na verdade, todo o elenco está muito bem.

Felicity Jones não tem o típico rostinho de boneca de Hollywood, mas sua presença em tela é magnética. Para mim, ela foi muito superior a Daisy Ridley em “O Despertar da Força”, conseguindo ser uma personagem feminina poderosa, cativante e sensual, mesmo sem mostrar nem um pouquinho de pele, a não ser o rosto. Ver Donnie Yen numa produção norte-americana também foi bem bacana.

E o que dizer dos efeitos especiais? A recriação digital de certos personagens da franquia original é um luxo à parte, assim como as cenas de ação, principalmente na última meia-hora. O que nos leva ao final do filme que, para mim, foi perfeito. Os produtores tiveram coragem para dar um tom pessimista e – spoilers à frente – sacrificar todos os grandes personagens que haviam criado e que poderiam facilmente render uma nova franquia.

Trazer James Earl Jones de volta também foi um triunfo, claro, mas o que dizer da última cena? Eu quase chorei com a atuação de Lorde Vader, a escapada frenética dos planos e uma certa princesa recebendo a chave para derrotar o Império. Foi incrível e, para mim, sem dúvida, é o melhor Star Wars desde “O Império Contra-Ataca”.

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